domingo, dezembro 03, 2006

Alis Ubbo, Olissipo, Olishbuna, al-Ushbuna, Lisboa,...

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Imagens de Lisboa















E um pouco da sua História Desconhecida…

Lisboa é uma das mais antigas cidades da Europa, tendo sido fundada há mais de três milénios. É a cidade mais antiga de Portugal e talvez, a segunda mais velha capital da U.E., após Atenas, mais antiga por quatro séculos que Roma.

Existem vestígios de ocupação humana na área que hoje é Lisboa de há muitos milhares de anos, atraídos pela proximidade do Rio Tejo. Os primeiros habitantes humanos da região teriam sido os Neandertais, extintos há cerca de 30.000 anos pela chegada à Península do Homem moderno.

Recentemente foram feitas descobertas arqueológicas perto do Castelo de São Jorge e da Sé de Lisboa que comprovam que a cidade terá sido fundada pelos Fenícios, há cerca de 1200 anos A.C..

O estuário do Tejo é o melhor porto natural do percurso e o rio uma importante via para as trocas de alimentos e metais com as tribos do interior, tendo sido, talvez precisamente por isso, fundada a colónia chamada Alis Ubbo, que em fenício significava "porto seguro" ou "enseada amena".

Com a chegada dos Celtas, estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem aos Celtiberos. Os antigos Gregos tiveram provavelmente na foz do Tejo, um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os Cartagineses por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.

Lisboa Romana
Olissipo situava-se na província romana da Lusitânia.

Olissipo aliou-se aos Romanos quando estes, procuraram conquistar os Lusitanos e outros povos do Noroeste Peninsular. Os habitantes da cidade lutaram ao lado das Legiões contra estas tribos célticas. Em troca foi-lhes reconhecido o título de cidadãos romanos e à cidade ampla autonomia como Município Romano. Foi incluída na província da Lusitânia.

Após a queda do Império Romano do Ocidente, por cá passaram ainda Germanos, Hunos, Vândalos, Suevos, Godos e Visigodos, antes das invasões árabes.

Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, Ulishbuna seria pouco mais que uma vila no inicio do século VII. É nesta altura que, aproveitando uma guerra civil entre Visigodos, os árabes liderados por Tariq invadem a península ibérica com as suas tropas mouriscas, em 711. Olishbuna foi conquistada pelas tropas de Abdelaziz ibn Musa, um dos filhos de Tariq, assim como o resto do Ocidente.

Mais uma vez Lisboa, conhecida pelos árabes como al-Ushbuna, torna-se um grande centro administrativo e comercial para as terras junto ao Tejo, recolhendo os seus produtos e trocando-os por produtos do Mediterrâneo Árabe.

Segundo as estimativas actuais, a cidade teria no seu apogeu, no século X, mais de 100.000 habitantes, e com Constantinopla, Salónica, Córdova e Sevilha, seria uma das maiores cidades da Europa, muitas vezes maior que Paris e Londres, que em plena Idade Média teriam apenas entre 5 a 10.000 habitantes.

A maioria dos habitantes converte-se à língua árabe e religião muçulmana da minoria invasora que se instala como elite.

Foi a conquista de Lisboa que permitiu ao jovem Duque de Portucale, D. Afonso Henriques declarar-se Rei. Famosa e opulenta, a cidade daria ao Condado o prestígio necessário. A primeira tentativa de Afonso de conquistar al-Ushbuna deu-se em 1137 e fracassou frente às muralhas da cidade. Em 1140 aproveita os cruzados que passavam por Portugal para novo ataque que novamente falha.


Só em Junho e Julho de 1147, com a ajuda de uma força mais numerosa de cruzados, cerca de 164 barcos cheios de homens, consegue ser bem sucedido. Enquanto as suas forças portuguesas atacavam pela terra, os cruzados na sua maioria ingleses e normandos, aliciados pelas promessas de pilhagem livre, montaram as suas máquinas de cerco, como catapultas e torres, e atacavam simultaneamente pelo mar e impediam a chegada de reforços vindos do sul. No primeiros recontros os muçulmanos vencem os cristãos matando muitos, e a moral dos cruzados fica afectada, ocorrendo vários conflitos sangrentos entre os vários grupos de cristãos.


Após muitas tentativas, segundo o mito, uma das portas é arrombada e o português Martim Moniz consegue mante-la aberta aos invasores com o próprio corpo, morrendo esmagado por ela. Mais provavelmente com a ajuda das máquinas de sítio, as muralhas são ultrapassadas, em 23 de Outubro de 1147. Seguiram-se cinco dias de saque, assassínios e violações indiscriminadas de ambos cruzados e portugueses contra as populações islâmicas, judaicas e mesmo cristãs da cidade. Segundo o mito o próprio Bispo de al-Ushbuna foi morto pelos invasores interessados em roubar os tesouros da sua igreja. Trinta mil habitantes segundo as crónicas da época, foram escravizados, e muitos terão sido mortos ou fugido. Os restantes muçulmanos são delimitados a um bairro próprio, a Mouraria.

Lisboa é simultaneamente a capital e a maior cidade de Portugal, situada no estuário do rio Tejo. Além de capital do país, é também capital do Distrito de Lisboa, da região de Lisboa, da Área Metropolitana de Lisboa, e é ainda o principal centro da sub-região estatística da Grande Lisboa. A região de Lisboa é a mais rica de Portugal com um PIB per capita superior à média europeia. A cidade tem cerca de 564 477 habitantes (2001), mas a sua área metropolitana tem cerca de 2,6 milhões.

O limite da cidade, que corresponde ao concelho, possui 83,84 km² de área. A densidade demográfica é de 6 518,1 hab./km². O concelho subdivide-se em 53 freguesias e está limitado a norte pelos municípios de Odivelas e Loures, a oeste por Oeiras, a noroeste pela Amadora e a leste e sul pelo estuário do Tejo. Através do estuário, Lisboa liga-se aos concelhos da Margem Sul: Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete. Eclesiasticamente é sede do Patriarcado de Lisboa.

Imagens recolhidas e enviadas por Antero Ferreira e ainda os autores das maravilhosas fotografias: Luísa Afonso, António Ribeiro, Manuel Martins e Goyo Alonso, ...

Que viabilizaram este post.

Mil perdões se me esqueci de algum...



2 comentários:

Anónimo disse...

Um post muito bom, excelente. Com a descrição fica muito giro. Deve continuar este magnifico trabalho.

Helena disse...

muitíssimo bem

li há pouco a história de lisboa da djemirah couto
:)

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