domingo, julho 05, 2009

Jerónimo de Sousa diz que crise "não é para todos" e que "muitos senhores deviam estar presos"


«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou ontem o Governo de, nestes quatro anos, apenas exigir sacrifícios "àqueles que menos têm", enquanto que os "senhores" alcançam "lucros escandalosos" e "muitos deles deviam estar presos".

"Afinal a crise não é para todos, é para quem trabalha, vive da sua reforma, pensão ou pequeno rendimento. Para os 'senhores' é a vara larga e muitos deles deviam era estar presos, tendo em conta aquilo que fizeram na banca e em termos de corrupção", afirmou.

O secretário-geral do PCP falava em Beja, na apresentação dos candidatos da CDU por aquele círculo eleitoral às eleições legislativas do próximo dia 27 de Setembro, que será novamente liderada pelo actual deputado José Soeiro.

Aludindo à política "profundamente fracassada" do Governo PS, Jerónimo de Sousa referiu que, durante estes quatro anos, foram exigidos "sacrifícios" à "maioria do povo", primeiro em nome do "combate ao défice das contas públicas" e depois, passada "essa fase ou essa farsa", para responder à crise internacional.

O primeiro-ministro, José Sócrates, disse, "encontrou outro culpado" para exigir sacrifícios, "desvalorizando os salários, pensões e reformas, aumentando o desemprego, levando milhares e milhares de pequenos empresários e agricultores à ruína".

Segundo o líder comunista, Sócrates "nunca explicou ao povo, e devia explicar, porque é que, num quadro de crise ou mesmo de combate ao défice, exigiu sacrifícios apenas àqueles que menos têm e menos podem".

Já os "principais responsáveis da crise", que são "o sector financeiro e imobiliário", frisou, "continuam a alcançar lucros escandalosos de um milhão de euros por dia, como se verificou neste primeiro trimestre" do ano.

"Os 17 maiores grupos económicos conseguiram cerca de 1.170 milhões de euros de lucro nestes três meses", acrescentou.»
Fonte - Público

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